9 de junho de 2009

Olha o inhame! -- Parte 1





"É cultivado na Ásia há 10 000 anos, talvez inicialmente na Índia. Passou a ser conhecido na região do Mediterrâneo na época clássica. Foi levado para o Brasil pelos portugueses no inicio do século XVI. Hoje é cultivado em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, principalmente na África e na Polinésia onde é muito importante como base alimentar."



Não, o inhame não é brasileiro, nem o coco, a manga, a banana, o quiabo, o biri-biri e tantos outros... na verdade que diferença isso faz???
Desculpe a viagem, mas o mundo é de todos e todos alimentos que pudermos utilizar são bem vindos, as únicas coisas que interessam são: as propriedades do produto( que benefícios eles nos aportam), a qualidade, os métodos de produção e seus impactos sócio-ambientais, tudo isso analisado com bom senso, o resto é bairrismo ou bobagem.

Se no futuro, teremos problemas com escassez de alimentos e recursos, a solução, não é transformar comida em cápsulas ou gelatinas, é conhecer e pesquisar tudo que está a disposição e aproveitar ao máximo e da melhor maneira possível, sem barreiras, sem preconceitos.


Nesse momento volto a um tema que já abordei em outros posts, o trabalho do cozinheiro não é SÓ entreter os comensais ou alimentar os estômagos, temos a responsabilidade de conduzir por meio de nossos trabalhos a alimentação das pessoas no futuro. Tendo em vista que comer, até onde sabemos é vital, o chef não é um bobo da corte de luxo, é um cara bem importante!





Peço desculpa mais uma vez pela filosofia barata, como diz meu amigo Zé Baratino , chef do restaurante Emiliano: "cozinheiro quando vira filósofo é um saco", concordo com ele, na verdade toda essa empolgação vem de uma aula que assisti na semana passada, foi uma palestra do espanhol Andoni Aduriz, um cozinheiro (como ele mesmo se auto denomina) totalmente comprometido com seu trabalho, Andoni tem uma horta fantástica onde só planta o que não consegue no mercado local preservando assim o trabalho dos produtores, com a ajuda de um botânico e de uma empresa farmacêutica pesquisa novos produtos ou ingredientes esquecidos, ao mesmo tempo, se preocupa com o cliente ao não ter uma carta fixa e sim menus do dia de acordo com as características de cada um.


O que interessa no post: ( cozinhar com propósito e com prazer!!)
continua...



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